O tratamento e diagnóstico do diabetes, tanto no Brasil quanto globalmente, enfrentam desafios alarmantes. Desde 1990, o número de pessoas diagnosticadas aumentou exponencialmente, atingindo 828 milhões em 2022, o que representa um aumento preocupante na prevalência da doença, especialmente em países de renda baixa e média. Em países como o Brasil, que ocupa a sexta posição mundial com 22 milhões de casos, o diabetes continua a se expandir em grande parte devido ao aumento da obesidade e dos maus hábitos alimentares.
O acesso ao tratamento também é um problema crítico: mais da metade dos pacientes com diabetes no mundo não recebe a devida assistência médica, deixando milhões vulneráveis a complicações graves. As taxas de tratamento permanecem estagnadas em várias nações, especialmente em locais de baixa renda, onde muitos pacientes acabam desenvolvendo problemas como amputações, doenças cardíacas, insuficiência renal e até perda da visão, que poderiam ser evitados com acompanhamento adequado.
A conscientização sobre o diabetes, especialmente no Dia Mundial do Diabetes, celebrado hoje, em 14 de novembro, visa reforçar a importância da prevenção e do tratamento. Criada em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data destaca a necessidade de ações globais e locais para combater a doença, que afeta populações cada vez mais jovens. O aumento da incidência de diabetes tipo 2, associado a uma vida sedentária e dietas ricas em alimentos processados, reforça a urgência de intervenções preventivas.
Entre as iniciativas da OMS para controlar o diabetes, está o estabelecimento de metas ambiciosas, como a de garantir que 80% dos pacientes diagnosticados mantenham um bom controle glicêmico até 2030. Esse monitoramento global pretende orientar os países a adotarem políticas públicas que promovam estilos de vida saudáveis e acesso a medicamentos essenciais. Assim, políticas eficazes de controle da glicemia e da pressão arterial se tornam cruciais para reduzir as complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
A prevenção, especialmente por meio de uma alimentação balanceada e da prática regular de exercícios físicos, é fundamental para reduzir o risco de diabetes tipo 2. O Guia Alimentar para a População Brasileira, desenvolvido pelo Ministério da Saúde, recomenda a redução do consumo de ultraprocessados, substituindo-os por alimentos in natura ou minimamente processados. A promoção de uma alimentação saudável é uma das principais ferramentas no combate ao diabetes, não apenas no Brasil, mas em diversas partes do mundo.
Além da alimentação, manter-se ativo é essencial para prevenir o diabetes e outras doenças crônicas. A obesidade é um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2, e a falta de atividade física agrava o quadro. No contexto do diabetes tipo 1, o manejo da doença requer cuidados contínuos. A insulina é vital para controlar os níveis de glicose no sangue e permitir o funcionamento adequado das células. A monitorização glicêmica e o uso correto da insulina são partes centrais do tratamento e da prevenção de complicações associadas ao diabetes tipo 1.
No Dia Mundial do Diabetes, é essencial que cada pessoa compreenda a importância de manter hábitos saudáveis e do acesso a tratamentos. A data serve para educar a população sobre os riscos e o impacto do diabetes, além de pressionar políticas que ampliem o acesso à saúde, promovendo uma abordagem preventiva para melhorar a qualidade de vida dos milhões de pessoas que vivem com diabetes.
Aqui estão sete hábitos essenciais para o controle e regulação do diabetes:
Adotar uma alimentação equilibrada – Priorize alimentos in natura e minimamente processados, como vegetais, frutas, grãos integrais e proteínas magras, e evite alimentos ultraprocessados ricos em açúcares e gorduras saturadas.
Monitorar regularmente a glicemia – O acompanhamento dos níveis de glicose no sangue ajuda a ajustar a alimentação, o exercício físico e a medicação conforme necessário, prevenindo complicações.
Praticar atividade física regularmente – Exercícios físicos, como caminhadas, musculação e atividades aeróbicas, melhoram a sensibilidade à insulina e ajudam a manter os níveis de glicose controlados.
Manter um peso saudável – Controlar o peso corporal, especialmente no diabetes tipo 2, é essencial para regular os níveis de glicose e melhorar a resposta do organismo à insulina.
Tomar a medicação conforme a prescrição médica – É importante seguir rigorosamente as orientações quanto ao uso de insulina e outros medicamentos, garantindo eficácia no tratamento.
Controlar o estresse e dormir bem – Altos níveis de estresse e a falta de sono podem interferir na regulação da glicose. Práticas de relaxamento e boas noites de sono ajudam a manter o equilíbrio.
Realizar exames médicos regulares – O acompanhamento com profissionais de saúde permite monitorar indicadores importantes, como pressão arterial e colesterol, e detectar precocemente complicações do diabetes.
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