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Mais do que tremores: os caminhos e os desafios da Doença de Parkinson

  • Foto do escritor: Saúde PAS
    Saúde PAS
  • 10 de abr.
  • 3 min de leitura
Parkinson

Quando um gesto simples, como abotoar uma camisa, escovar os dentes ou escrever, passa a exigir esforço e tempo desproporcionais, é hora de investigar. Aproximadamente 10 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com a Doença de Parkinson, uma condição neurológica progressiva e que, aos poucos, compromete funções essenciais do corpo, como os movimentos, o equilíbrio e até mesmo a expressão facial e a comunicação. No Brasil, cerca de 200 mil pessoas convivem com o diagnóstico — e o número tende a crescer com o envelhecimento da população.


Embora mais comum a partir dos 65 anos, a doença pode surgir antes dos 50 em uma parcela significativa dos casos, o que reforça a importância de atenção redobrada aos sinais, muitas vezes sutis, que surgem no dia a dia. Os sintomas nem sempre são óbvios, e o diagnóstico precoce pode transformar o curso da doença. Por isso, neste 11 de abril — Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson — é fundamental falarmos sobre como reconhecer os sinais e buscar ajuda especializada.


A seguir, você vai entender melhor por que essa atenção faz diferença.


Atenção aos sinais e à escuta clínica

O Parkinson afeta principalmente o sistema motor, provocando lentidão dos movimentos, rigidez muscular, tremores em repouso e instabilidade postural. Ainda assim, muitos sinais iniciais passam despercebidos no cotidiano. Alterações aparentemente simples, como a dificuldade para abotoar uma camisa, escrever ou cozinhar, podem ser indicativos precoces. Há ainda manifestações não-motoras igualmente importantes, como a diminuição do olfato, constipação intestinal, distúrbios do sono e sintomas depressivos.

O diagnóstico da Doença de Parkinson é predominantemente clínico e depende da observação cuidadosa dos sintomas. A lentidão dos movimentos, acompanhada de rigidez e tremores em repouso, é o ponto de partida para a suspeita diagnóstica. Exames complementares podem ser úteis em casos atípicos ou quando há dúvidas clínicas. Como o diagnóstico nem sempre é imediato, a escuta atenta de queixas aparentemente vagas torna-se essencial para a detecção precoce.


Tratamento com abordagem integrada e cuidado empático

Embora ainda não exista cura para o Parkinson, os avanços terapêuticos possibilitam uma boa qualidade de vida quando o tratamento é iniciado precocemente e conduzido de forma integrada. A base do tratamento envolve medicamentos que visam repor ou modular a ação da dopamina no cérebro. A escolha depende do estágio da doença, perfil do paciente e resposta clínica. Além da terapia medicamentosa, o acompanhamento deve ser multiprofissional, com o envolvimento de fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos e educadores físicos, já que o exercício regular tem efeito neuroprotetor e melhora a função motora.


O convívio com o Parkinson demanda adaptação, paciência e suporte emocional. Nesse sentido, o papel da família faz toda a diferença. A empatia, o respeito à autonomia e o incentivo a hábitos saudáveis fazem parte de um cuidado integral. É importante evitar tanto a superproteção quanto a negligência, reconhecendo os limites da doença sem desconsiderar as potencialidades da pessoa. O suporte emocional e a escuta ativa são decisivos, inclusive quando o paciente manifesta o desejo de buscar terapias alternativas ou participar de estudos clínicos experimentais, que vêm ganhando espaço na tentativa de frear ou mesmo reverter a progressão da doença.


Sinais de alerta no dia a dia

A identificação precoce dos sintomas pode ter grande contribuição no prognóstico. Veja alguns sinais que merecem atenção:

  • Dificuldade em realizar tarefas rotineiras com a mesma agilidade de antes;

  • Rigidez muscular ou sensação de travamento nas articulações;

  • Tremores em repouso, especialmente em mãos ou pernas;

  • Alterações do sono e episódios de movimentação durante o sono REM;

  • Perda do olfato ou mudanças inexplicáveis no humor.

Ao notar esses sinais, especialmente em pessoas com mais de 60 anos, é recomendável buscar avaliação neurológica. A conscientização social sobre esses sintomas é um dos principais objetivos do Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, instituído pela OMS em 1998, como forma de ampliar o conhecimento sobre a condição e incentivar o diagnóstico precoce. N]este 11 de abril, reforçamos o compromisso com a informação e o cuidado. O Parkinson não é o fim de uma jornada, mas o início de uma nova forma de viver, que pode significativa com apoio adequado, tratamento contínuo e, sobretudo, respeito à dignidade de quem convive com a condição.

 
 
 

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